Amigos

    Peço licença leitor, para falar nesse post de amizade.
   Na verdade de um amigo em especial, o Paulinho, para os íntimos como eu, mas, Paulo Medeiros Júnior, para os que não são tão íntimos assim(rss!).
   Parafraseando João Bosco que canta "quem pode querer ser feliz se não for por amor" , pergunto ao leitor: Quem pode querer ser feliz se não tem um amigo? Tenho certeza que você tem um, ou até vários, então entende perfeitamente do que eu estou falando, né? É uma relação afetiva que sem dúvida deriva do amor, mas sem aquela pegada romântico-sexual, acho que é uma espécie de miopia que nos acomete e nos faz enxergar a pessoa de forma assexuada, não é homem ou mulher é amigo, categoria infinitamente superior, como...anjo, eu acho!

     Conheço o Paulinho há uns quase trinta anos (meu Deus, que susto!) e nesse período inteirinho, passamos muitos anos sem nos falar ou mesmo lembrar da existência um do outro, mas quando a gente se encontra é como se nada, nadinha tivesse mudado, apesar da distância, dos casamentos de ambos, dos filhos, o meu e o dele, do mestrado e do doutorado na USP, agora só dele, hahahaha! Sempre foi CDF, gente!

        Meu amigo arrebenta mesmo: Doutor em Letras/Tradução! Pode? O Paulinho?  Aquele que quase me matava de rir, aliás era um homicídio cumulado com suicídio, porque ele morria de rir junto comigo! Ontem, essa criatura fofa e especial, que na nossa adolescência era obrigado a me levar um bombom todos os dias(eu era tão mandona, gente! Gulosinha sempre!) me mandou esse e-mail, depois de dez anos sumido:

Paulo:
Pri.... olha isso...
Lembrei da nossa adolescência

Beijão!

http://www.youtube.com/watch?v=gJkThB_pxpw&feature=player_embedded 

     O link vai para o vídeo abaixo, que era uma música que tocava no rádio, há época, porque ninguém merece quando uma música faz sucesso, as rádios só tocam a infeliz o dia inteirinho.... Quando ele me mandou o link e vi o vídeo, fiquei pensando... Porque o Paulinho lembrou da nossa adolescência, se a gente nem gostava tanto dessa música? Aí concluí que quando a gente gosta é assim mesmo, mesmo sem o menor sentido, nem razão palpável a gente lembra do amigo querido.
     Uma pena que o filme não foi feito em Brasília, porque o Renato Russo fez essa música para ser encenada nessa cidade, mas tudo bem! Ficou ótimo o filminho!     

   

   Quando éramos mais jovens, ambos nos conhecemos na Escola Normal de Taguatinga, acho que aos quinze anos de idade, nenhum de nós tinha maturidade para entender que o futuro não é um lugar para onde estamos indo, aliás, nem pensávamos em futuro... a gente queria mesmo era rir, ríamos muuuito, né Paulinho! Mas hoje, tenho a clareza que o futuro é sem dúvida um lugar que criamos, naquela época e essa atividade de criá-lo, transformou tanto a nós, os criadores, quanto o destino: o nosso hoje. E você, amigão, fez parte desse processo...

      Parabéns pelo doutorado e por saber escolher tão bem sua melhor amiga!